Bem Vindo!

Ler é mais que decifrar códigos linguísticos...
É ver o que mais ninguém vê...
Ler é viver, é sonhar, é renascer
A cada amanhecer...
Ler é um encontro com a realidade dos sonhos
Descobrindo a cada segundo
Um mundo novo, escondido ao nosso redor...

domingo, 30 de dezembro de 2012

BRISA SUAVE

Brisa Suave

A chuva sempre traz a saudade e a melancolia
Procuro a música do céu ao tocar o chão batido de barro
Mas... a água dos olhos da vida que outrora me via refletida
Esta em cada milimetro de minha mente
Meus poros exalam o perfume do melhor prazer da incerteza
Ainda silenciado em meu ventre
A brisa suave da tarde de sábado chuvosa
São como a descoberta do meu corpo pelos lábios da certeza
As palavras que diziam:
"Desejo que você tenha a quem amar"
Nos traços de cavão escrita com a pena sobre o cetim
É como um punhal que transpassa meu espírito
Leva consigo para o infinito a poesia das horas...
Respiro fundo...
Não vou chorar com a lembrança do sorriso confuso
Quero esquecer, mas não posso ocultar em meu peito
O momento mais feliz da minha vida...
Talvez por ser o mais triste também...

Gheysa Moura 

sábado, 8 de dezembro de 2012

Inevitável


sábado, 17 de novembro de 2012

VOCÊ

Você

No avesso das rimas noturnas o universo
Do seu olhar nasce e morre em mim
Talvez por ser o sol da esperança...
Entre as silenciosas notas do piano
A verdade de meias palavras não pronunciadas
Descreve a verdade da melodia inocente...
Meus lábios sempre te beijaram sem saber
Que um dia seria possível....
Meus sentidos te seguia por desconhecer
Outro caminho que levasse ao firmamento...
Da lembrança louca de uma noite mágica
Em que mergulhei sem medo no mar 
Inebriada por tuas cores e cheiros...
Na pena do poeta a espera da eternidade
Um momento irreal de quem sonha com o real
Entre fios e placas o fim dos limites...
Você: poesia, melodia, rima da arte das tintas
Eu...

(Gheysa Moura)

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

RETICÊNCIAS

RETICÊNCIAS

Por qual razão esperar que o vento decida 

o caminho que irás seguir?
A única voz que ecoa no horizonte 

é a do soneto que declamo ao entardecer
Outrora era livre... 

agora cativa de minha própria felicidade

O que torna meu universo colorido 

é a paleta de cores que existe no teu sorriso
E que minh'alma esperava pra 

ver a cada dia amazônico de chuva...
Mas não há rima para a melancolia 

poente da ausência dos lábios teus...

Estou presa em meu corpo que 

clama pelo calor do seu corpo...

Do alto do penhasco sinto meu espírito partir 

em busca do horizonte do teu olhar
Como pássaro que não sabe exatamente 

o que irá encontrar...

Hoje sou apenas os fragmentos do vazio...


Não revele a nossa história antes 

que sejamos postos à prova!

Não posso saber o que significa as cores 

do universo perdido em teu olhar
Desconheço os pensamento que 

conduzem teus passos
Mas espero...

E se ainda quiser...

Decifra-me ainda te peço ... 

(Gheysa Moura)

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

MORPHEUS

Morpheus
As horas indicam um trajeto desconhecido
Tão conhecido de minh'alma
Que já não tenho medo do por vir
O vento traz o perfume da lembrança
Presa ao tecido que cobre meu corpo
Em noites de solidão...
E nos braços de Morpheus percebo
Que sempre o namorei calada
E mesmo sem saber onde termina
A realidade e o mundo do Deus dos Sonhos...
Olho ao redor...
São tantas possibilidades...
Apenas espero...

(Gheysa Moura)



terça-feira, 9 de outubro de 2012

ALGO ASSIM

Algo Assim

A cada momento do dia, minha mente ultrapassa
Os limites da razão para encontrar teu pensar
Voando alto pelo céu Andino, onde a realidade
Torna o universo utópico palpável...
Delicadamente toco o real, mas minha mente
Reconhece como um sonho bom
Do qual não quero acordar...
Uma verdade silenciada por tanto tempo
Que quase desespero no momento da escolha
Entre o certo e o incerto
Não importa quando o sol irá revelar o sentido
Das lágrimas do firmamento que justifique
Os passos nessa estrada que dispensa explicação...
Não faço planos futuros, prefiro esperar o por vir
Aceito o que têm para oferecer agora, nesse momento
Nada além do que posso ter...
Algo assim, que exista somente entre eu e você...

Gheysa Moura

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

VENENO

VENENO

Por qual motivo deixou-me encerrar 

neste vazio langoroso?
Por qual razão bebeste todo o veneno 

sem compartilhar com meus lábios?
Agora procura a sabedoria de velhos sonhos futuros...
Meu corpo frio vaga a esmo 

sendo visto sem ser visto pelos trausentes
Aos pés do salgueiro enterro o sorriso 

que outrora preenchia meu ser
Procuro libertar-me da dor, 

mas não sei onde está o caminho da salvação
Entre valsas e choros a melodia de um amor 

esquecido, vivido, perdido
Despida de pudores que um dia...
Ah! Chega de tanta crueldade!!!!
Se não é para ser assim, então deixe-me partir!!!!

(Gheysa Moura)

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

SAUDADE

SAUDADE

Você me tem além dos versos 
assinados com minhas lágrimas
Nesta trilha de flores enterro o 
vazio concreto de dor sendo o alento
Na distância geoespacial 
que nos une e nos separa...

Se percebes minha sobra 
é porque estou a caminhar a sua frente
As vezes o sol fere a epiderme da alma...
Como mensurar o amor insano 
que despoja-se de si para ser você?

O mundo gira e continuas sendo 
a inspiração latente dos meus versos
Onde encontro meu desejo de mulher 
e os sonhos de menina
Perco-me no tempo e no espaço, 
desfalecendo na simples ilusão 
de ter meu fólego tomado por teu beijo...

Mas és um elfo e eu...

Apenas uma mortal...

(Gheysa Moura) 

domingo, 5 de agosto de 2012

NÃO POSSO SER POESIA

 Não Posso Ser Poesia


Queria continuar a escrever
Mas diante de tão imensurável dor
Esqueço as palavras e já não posso
Ser poesia...
Serei hoje ou ontem
Onde o vento perde-se no tempo
E já não posso sentir dor
Agora sou a onda que morre
Em espuma na praia do alvorecer
Para ser o céu em teu olhar
Onde encontro os meus sonhos
Ao anoitecer.
Que consome meus sentidos
Me fazendo livre em teu abraço
E do alto desta montanha
Lanço-me para a eternidade
Das rimas e da melodia
Sou o som e o silêncio
O acalanto que te faz adormecer
Em meu seio te faço crescer
Sou o sim e o não
Que te devora feito o dragão

Só não posso ser poesia...

(Gheysa Moura)
 

segunda-feira, 9 de julho de 2012

O SOM DA ORQUESTRA

O Som da Orquestra

Agora que a morte me tirou para dançar está valsa no salão
Percebo quem reealmente sou...
Ou melhor... Quem nunca fui...
A cada nota desta valsa triste em minha lembraça
Os sorrisos e as lagrimas que me acompanharam
Ao longo desta canção...
Me detenho em minha infância...
Afinal quem disse que eu queria crescer?
Um tempo muito bom...
Apenas brincar e sonhar...
Um vago nestas notas melancolicas
Uma adolescencia cheia de responsabilidades
Nunca houve um adolescente...
Ela morreu junto com o primeiro amor...
Anos e anos caminhando para lugar nenhum...
Agora apenas a lira que perdeu-se no caminho
Enquanto a morte me faz companhia...
Neste compasso de silêncio...
Sinto o ar que deixa meus pulmões,
A lamparina aos poucos vai se apagando
Ao som do solitário violino...
Os timpanos desta orquestra
Soam nas batidas do meu fraco coração...
Não existe mais o som dos metais
Em em meus olhos...
O flautista que sempre sonhei encontrar
Um som que sempre amei...
O maestro com um movimento anuncia
O fim da valsa...
Esta valsinha triste que leva
Minh'alma em sua última execução...
A morte me deixou...
Agora escute o som da orquestra ao meu lado.

Gheysa Moura

domingo, 8 de julho de 2012

"Pergunte ao pó"

"Pergunte ao pó"

Em minha mente não há lógica gramatical
Sem inspiração não sei por onde andar
Sem eira nem beira ando para nunca chegar
Entre fios e placas o universo solitário
Encontrou o mar, mas onde ele foi morar?
Não sei... Pergunte ao pó da inspiração!

Gheysa Moura
 
Dedicado ao amigo Márcio Rufino.

domingo, 1 de julho de 2012

CASCATA

Cascata
 
Ah! Essas dores...
Cascatas de silêncio que se materializam na pena do poeta...
O desejo de vida e morte perdido nos vitrais da catedral de emoções...
Se podes... afasta de mim este cálice de dor e sangue...
Já não posso caminhar sozinha, preciso das suas rimas para ser poesia...

Gheysa Moura

sexta-feira, 29 de junho de 2012

MINHA PRISÃO

Minha Prisão

Não pense que desconheço minha prisão
Não sou santa, nem sou mundana...
Sou mulher com sonhos e desejos
Flores e medos...
Afasto-me do que chamas amor
Para não ver a dor no semblante do dia
Tenho consciência de estar presa nos
Labirintos da minha mente
Se o afastei foi para não
Tornar-lo um espinho em minha coroa
Não posso ter o que já pertence a
Outro jardim...
Meu flagelo é olhar minha imagem
Refletida em seus olhos todos os dias
E negar a vontade de entregar-me
Em teus braços...
O poeta é minha sina, minha alegria
E minha perdição.

Gheysa Moura

sexta-feira, 15 de junho de 2012

ALUCINAÇÃO

ALUCINAÇÃO

Não importa o que irão falar sobre mim
Sou livre para sentir
E você também deve ser...
Esqueça o amanhã antes que a
Hora morta chegue ao fim
Sinta o toque das minhas mãos
E voe sobre as cordilheiras do desejo...
Não tente controlar o incontrolavel
Deixe que seu corpo responda
A pergunta da razão...
Amanhã quero acordar nos
Braços da loucura
Para ser feliz desde sempre...
Olhe no espelho...
Estou em seu olhar
E você está na lagrima que
Responde a minha razão...
E o que importa...
Eu quero sentir teu sabor
Ao ritmo da bateria do Metallica...
Hoje, amanhã... apenas lágrimas
Morra então, porque não tenho medo
Do amanhã!
Vivo hoje!
O que importa é o agora
Se estará comigo ou não
A decisão é sua
Apenas abrirei os braços
E do alto do penhasco
Viverei a alegria do seu abraço
E não importa a lágrima
O seu beijo me levará
Ao sono da eternidade.

--
Gheysa Daniele

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Escolha

O mundo em suas muitas voltas
nos apresenta realidades questinaveis
e sentimentos duvidosos...
Nessa perspectiva o certo e o errado
parece não ter definição
Não existe chão, apenas o cinza do nada
perdido na escolha do caminho para o
amanhã...


Gheysa Moura

CLARÃO

Clarão

Seu olhar surgiu como um clarão
expulsando as trevas dos corredores
de minh'alma...
Uma certeza incerta de um tempo
que se diz ausente, mas reclama
a possibilidade em algum lugar...
Talvez na estação sem limites da
contra-mão da história
Onde a orquestra executará a sinfonia
da verdade dos teus lábio
em um segundo de eternidade...
As trevas será apenas um detalhe perdido
na fita de cetim que o vento leva
pelos labirintos da vida...
Quanto a mim que outrora quase fui feliz
adormecerei protegida por seu abraço.

Gheysa Moura

Pensamentos da Manhã

O cinza do dia me fez perceber que ao meu lado esta somente a solidão
Tudo que eu tenho não posso sentir, mas é onde posso desabar e ser apenas eu...


Sorria quando nada mais existir,
pois a lágrima que passear em sua face
ao encontrar seu sorriso, fará a vida
renascer ao som da canção celestial
da sua alma...


Na tela vazia do artista posso ver os anéis de Saturno
escondido nas lágrimas do escuro...


O cinza é tão real que posso tocar em seu medo
enterra-lo aos pés do absurdo e
no flerte eterno dos transeuntis permite-se
que seja tatuado os sonhos perdidos no tempo vadio...


Se não há concordância nas horas
nos detalhes imperfeitos da realidade repousa o 
celamim de quem espera o travador perdido...


As vezes sentimos uma dor imensuravel impedir nosso caminhar
mas o vento nos ajuda a mentir essa dor...
O mundo então gira devagar para que
os sonhos possam ser decifrados pelo tempo e a dor
se torna apenas uma lembrança...


Gheysa Moura

Pensamentos

Embora o dia seja langoroso
O calor do sol sempre irá nos envolver
Renovando a esperança de um dia bom...




Não existe distância que apague as lembranças de um tempo bom
Não existe distância que faça os jovens deixarem de sonhar
Não existe distância impedindo o barco de voltar...
Portanto, a saudade é apenas o tempo mostrando a distância
que perto ou longe as pessoas podem se harmonizar...



Ainda que as águas da chuva leve as lembranças
a desaguar no Negro, o tempo se torna infinito no
sedutor olhar da imensidão...



Por entre as brumas posso ver a luz do seu olhar
E no chão de barro batido as marcas de um tempo
que logo vai passar...



Contemplando o amanhecer langoroso
Tento mensurar um sentimento despretensioso
Que agora decidiu não seguir para o mar...
Vou esperar o tempo anunciar o fim
Quem sabe nesse dia esteja pronta para recomeçar...



Queria eu ter o dom dos poetas para saber 
traduzir o silêncio em palavras, compreender um olhar
e ler as entrelinhas da alma...
Saber descrever o universo que há em seu olhar 
e transformar em música a emoção de estar ao seu lado,
Ainda que os rios pareçam distantes, as palavras sempre
dizem o contrário...


Gheysa Moura


sábado, 26 de maio de 2012

SAUDADE

Saudade 
Meus versos sempre serão seus
ainda que apenas traduzam o vazio
de minh'alma...
Serei uma sombra que irá protege-lo
em dias quentes a margem do rio
com o único proposito de perder-me
nos Lençóis Maranhenses...
No jardim ainda está as lágrimas da fada 
que escolheu fenecer nos braços do Elfo, 
a espera do dia em que o teu beijo 
devolverá o folego da vida...
 
Gheysa Moura

A RUA

A Rua

Olhando o movimento da rua observo 
o quadro desenhado pela natureza
a beleza do céu multicolorido
beijando a escuridão do rio
que ignora os limites cinzas do homem...
Sentindo a brisa suave ao entardecer
do êxtase do sorriso infantil
que ignora o medo e torna-se
herói de uma revolução silenciosa...
A chuva fina leva os problemas do dia
anunciando um novo amanhã
enquanto se tenta voltar para casa...
Mas o coletivo não vai esperar vazio
para que se possas apreciar 
a magia do olhar apaixonado
na Praça da Saudade
Esse sentimento ficou perdido
em algum lugar do ontem...

Gheysa Moura

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Existir



Existir

Essa madrugada procurei os segundos
Que outrora ecoavam no alpendre
Entre as fitas do vazio de minh'alma
Perguntas sem respostas no contexto
Mecanicista dos sentimentos
Insólitos que repousam em meu amanhecer
Reclamam a minha louca verdade
Mas desconhem que
Não há certo e nem errado
Apenas o incerto entre o mar 
E o brilho do entardecer
O mais estranho é que o relógio
Parou para esperar minha decisão
Pobre tempo já decidi não seguir
A menos que você permita 
Em teu abraço o meu
Existir...

Gheysa Moura