Bem Vindo!

Ler é mais que decifrar códigos linguísticos...
É ver o que mais ninguém vê...
Ler é viver, é sonhar, é renascer
A cada amanhecer...
Ler é um encontro com a realidade dos sonhos
Descobrindo a cada segundo
Um mundo novo, escondido ao nosso redor...

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Um Amor













Um Amor

Eu quero um amor assim
Sem meio e sem fim
Apenas um pedaço de mim....
Eu quero um amor
Daqueles de faltar o ar,
Só de saber que irá chegar....

Eu quero um amor sem palavras
Apenas a alma,
Sem tamanho e sem cor.
Eu quero um amor
Feito de sal e açúcar
Que caminhe para nunca chegar...
Eu quero um amor assim...

Gheysa Moura

sábado, 19 de setembro de 2009

DELIRIO

DELIRIO






Agora já sinto o frio da morte aproximar-se
Estou envenenada por teu cheiro que
Inebriou minh'alma nestas noites de tormenta.




Nem sei como aconteceu...




Derrepente me vi presa a tua sombra
Sufocante, rompendo a madruganda
Para me fazer sentir a pele arder
Em um completo desequilibrio.




Diante de minha janela observo ao
Fim da rua a carruagem do fim
Já ao longe ouço sua gargalhada
Desfazendo de minhas lágrimas.




Horas que não passam...




E eu chorando me entrego ao braços
Da loucura que me faz encontrar
Na menina, os desejos de mulher...




Sou amante do olhar que me aquece
Enquanto o veneno segue suavimente
Pelo meu sangue...




Já não dá mais para negar,
Feito alucinada quero o prazer
Das tuas mãos! Quero o prazer
De ver o amanhecer ao lado teu!




Mas isso não importa, não passa de
De um delírio e, a morte já me leva
Para sua morada.


(Gheysa Moura)


Em resposta ao poema SUAVE VENENO de JSollo.

SUAVE VENENO

SUAVE VENENO


Olhar sereno e profundo; se nele cresse...
Brilhando qual tênue sombra graciosa
Tal lua se mostra entre nuvens, formosa
Bastaria que o menor de teus sonhos acendesse


Suave veneno que mata o coração inocente
Qual seta certeira de aljava suprida
De tez serena; ilude confunde tão garrida
Que entrega a alma e sorri contente


Com lábios tremulos ousei chamar-te: querida!
No entanto só com o frio do olhar me respondia
Olhar que fere sem culpa; mata e deixa a vida


Desse amor mórbido que me tomava sedento
Vinha de alma traspassada, derradeiro gemido
Condenada no inferno a viver esse tormento.

(J. Sollo)

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

ESTRADA

ESTRADA

E nesta estrada em construção
Meus pés se enchem de poeira
Enquanto vislumbro a vastidão
De sonhos esquecidos...

Idas e vindas para lugar nenhum
Até sentir as primeiras gotas
Da chuva que traz o outono
Nesta terra onde só existe
Verão...

Não sei o que sou,
Não sei para onde estou indo,
Mas sei que isso não importa...

terça-feira, 15 de setembro de 2009

ESCREVER

ESCREVER











Eu não sei escrever

Estou aprendendo a ler
Entre os versos estou
Me perdendo...


Isso é um devaneio
De um desejo oculto
Que em seus olhos
Foi revelado...

Talves imaturo, talvez pecado...


Não importa se é raro, se é eterno
Não importa se a chuva já o leva
Descendo a ladeira da rua...


Se o desejo escondido entre
Fios e placas, no excitante
Jogo de palavras se tornou
Latente...


Quero o amanhã mesmo
Que o sol se recuse a aparecer
As estrelas não me machucam
Me machuca a solidão...


Neste lugar onde o meu passado
Encontra o futuro e me traz de volta
A realidade, descubro o nada...


Nestas páginas em branco
Desta época contrária
Mas o nada faz parte de mim.

sábado, 12 de setembro de 2009

DECIFRA-ME




DECIFRA-ME


Decifra-me se me amas!

Descubra o que há em meu olhar

Já que a loucura guia seus

Passos pela realidade.

A beleza é um detalhe quase sem

importância, diante dos tolos

que dizem amar, sem conhecer o amor....

Decifra-me já que invado sua mente

Em segundos de perdição

Que te levam a desejar

O que sussurro em teu ouvido...

Assim, bem baixinho...

Um devaneios escondidos

No relógio inerte de mil mistérios...

Não és cativo, és o algoz

Que me prende na suavidade

Do toque de tuas mãos,

Que pouco a pouco, descobre

A simetria de formas feias

Que sua turva visão chamam bela...

Leve-me contigo nesta viagem

Pelo universo e, apenas

Decifra-me!

Gheysa Moura

ESTRELA ILUMINADA

Autor: Arnoldo Guimarães


ESTRELA ILUMINADA

Ela nasceu do nada


Era apenas mais um nome na tela

Mas os ventos trouxeram sementes

E semearam um novo campo

Ela começou a germinar

Conquistar os espaços

Que estavam em branco

Palavras fraternas

Que serão eternas

Brotaram do seu coração

Traduzindo amizade

Em cada gesto

Em cada canto da alma

Ela é simples

Mas tem um universo

Para nos abraçar

Nos aquece do frio

Como se fosse nosso lar

Ela é como uma estrela

Que irá sempre nos iluminar