Bem Vindo!

Ler é mais que decifrar códigos linguísticos...
É ver o que mais ninguém vê...
Ler é viver, é sonhar, é renascer
A cada amanhecer...
Ler é um encontro com a realidade dos sonhos
Descobrindo a cada segundo
Um mundo novo, escondido ao nosso redor...

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

REFÚGIO

Refúgio

Mil horas até o amanhecer
Sentindo suas mãos desvendar meu corpo
Entrego-me a loucura que inexiste
Na existência do seu sabor
Embriago-me em teu aroma sem medo da chuva
Rompendo a lógica universal da realidade
Dançando freneticamente ao ritmo da libido
Seu olhar é o caos a me guiar na imensidão
Me fazendo mulher em seus versos
Sonhando com a materialidade do amor insano
Que me faz sentir o prazer de ter você em mim...
Protegidos na imaterialidade das lembranças
Tatuadas em nossa pele casta
Agora...
Sentindo seus beijos acariciar meu corpo
Com a suavidade do calor do outono de nossa mente...
Espero o filho que a sua poesia me conceder...

Gheysa Moura 

domingo, 19 de outubro de 2014

Manaus


MANAUS

Meu imaginário contempla a imensidão 

Em meio ao verde reluz uma cidade
Abraçada por negras águas misteriosas
A tradução do olhar do seu povo
Quem partiu deseja voltar
Quem aqui chega não encontra
Palavras para descrever 
A alegria de encontrar esta terra
Ser recebida por seu sorriso noturno
Ser acolhida por seu abraço afetuoso
Ah! Manaus, Manaus
Meu coração pertence a ti
Posso ficar um tempo longe, 
Mas a saudade do teu calor 
Sempre me fará regressar
Misturada a poeira de sua terra
É que desejo para sempre 
Repousar.

Gheysa Moura

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

A FUGA DE MORPHEUS

A Fuga de Morpheus


Vamos Fugir?

Marte Talvez...
Mas pode ser para viver sob a proteção das árvores...
Viver a loucura das palavras cruzando o tempo e o espaço
De nossos corpos nús sob a relva...
Nem certo, nem incerto...
Apenas o concreto real objetivando os passos vindouros
Enquanto vivemos a fuga de Morpheus.

Gheysa Moura

terça-feira, 22 de julho de 2014

Cristais

Ainda não havia amanhecido quando senti sua respiração
Delicadamente tocar minha pele na imensidão
O medo de acordar do sonho bom por vezes
Silenciou meus versos juvenis
Apenas para postergar o adeus...
Os caminhos cruzados entre as curvas metálicas
Nunca te afastei, sempre esperei...
Meus sonhos de menina e os sonhos de mulher
Se encontram na delicadeza do beijo teu
Como cristais de estrelas que enlouquecem
Meus cabelos recobrem o corpo Ébano
Sob a luz de vela no leito cético das horas
Nada além do segundo em que me torno 
Você para ser eu... 

Gheysa Moura

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Apenas Você

Apenas Você 

Ainda não havia amanhecido quando senti sua respiração
Delicadamente tocar minha pele na imensidão
O medo de acordar do sonho bom por vezes
Silenciou meus versos juvenis
Apenas para postergar o adeus...
Os caminhos cruzados entre as curvas metálicas
Nunca te afastei, sempre esperei...
Meus sonhos de menina e os sonhos de mulher
Se encontram na delicadeza do beijo teu
Como cristais de estrelas que enlouquecem
Meus cabelos recobrem o corpo Ébano
Sob a luz de vela no leito cético das horas
Nada além do segundo em que me torno 
Você para ser eu... 

Gheysa Moura

terça-feira, 24 de junho de 2014

NADA ALÉM DE NÓS

Nada Além de Nós...

Ser eu sendo você no espaço 
Perdido entre as linhas de algodão
É pensar na materialização do impossível 
Que nos une e separa
Meu corpo deseja seu calor, 
Com a mesma força que o rejeita
Contrariando os argumentos da razão 
Que conhecemos tão bem...
Volto as margens do rio 
E entrego as lágrimas utópicas do amanhã
Nada além de nós...
Nas madrugadas frias 
Sinto seus beijos desvendando meu corpo
Sua respiração é a melodia 
Que harmoniza com meus sussurros 
Desfalecendo e renascendo em seus braços 
Sendo apenas uma Maria sem vergonha 
De se entregar ao desejo
Nada além de nós...
Mas estas estrofes estão incompletas...
Falta a verdade do sim...

Gheysa Moura

quarta-feira, 4 de junho de 2014

PENSAR VOCÊ

Pensar Você

Entre o destino e o imprevisto
Meus olhos encontraram 
O mistério do amanhecer
Em seu olhar...
Pensar você na imensidão verde
De sonhos e desejos
Ouvindo as melodias mudas
Das curvas dos versos teus...
Celebrando o momento da entrega
Que une o Negro ao Tejo...
A certeza da loucura
As margens do Andirá
Desafiando o pudor impudico
Do conservadorismo das regras...
Insanos entre os muros da justiça
Um minuto...
E seu sorriso ficou preso 
Na epiderme de minh'alma
Não sei quando dizer...
Pensar você é ser livre 
Nos braços da loucura...

Gheysa Moura

quarta-feira, 19 de março de 2014

Lembranças

LEMBRANÇAS

A branda chuva matutina da Amazônia
Anunciou o tempo do recomeço
Deixei alguns pesos para trás
Outros não poderei deixar jamais
Metade de mim odeia o tempo
Metade de mim ama o tempo
Esperei o abraço e o sorriso do olhar
Seguro da sabedoria que um dia
Me permitiu viver a alegrias inestimáveis
O tempo parou no momento do reencontro
Naquele instante me senti menina-mulher
Senti o aroma da felicidade...
Algo que dizia: "não precisa ficar longe"
Ao mesmo tempo em que dizia: "é hora de partir"
Um sentimento que transcende o espaço e o tempo
Das lembranças...
E mesmo que pare de respirar
O olhar da sabedoria estará tatuado em meu olhar.

Gheysa Moura

quinta-feira, 6 de março de 2014

Eu Mulher

EU MULHER

Rompendo os paradigmas e convenções sociais
Para tornar-se mulher dona de seu corpo e de suas vontades
Eu mulher de luta, de esperança, de certezas
Eu mulher de incertezas e poesias...
Que apesar de tudo, apesar de nada
Passa os dias na batalha
Trabalhando e acreditando no amanhã 
É a imagem feminina que se transmuta nas
Interpretações de Modigliani, Picasso ou Michelangelo
Um auto-retrato me parece ter mais interrogações
Que as interrogações existentes sobre a vida após a morte
Uma abstração...
O surrealismo físico do prazer mental
Descrita no idealismo imaginário do poeta
Nem grande, nem pequena
A harmonia perfeita entre as feias linhas do meu corpo
Que o travador acredita bela...
Eu mulher imperfeita na perfeição desenhada em palavras
Despida de pudores...
Revestida de valores...

Gheysa Moura

sábado, 1 de março de 2014

NÃO PODE SER ADEUS

Não Pode ser Adeus


Sentindo o vento desalinhar meus cabelos

Observo a despedida do amor fraternal
Ao longe a cumplicidade da lágrima
Gritava a dor pungente de quem fica...
Interrompe-se o caminhar...
A solidão se materializa em seu olhar
Enquanto o vento desalinha a esperança
Ironicamente o mesmo vento que traz a certeza da eternidade.
Será que um dia o barco retornará?
O adeus precisa trazer o sorriso de outrora, mas se isso parecer impossível...
Estarei aqui, as margens do rio a espera do infinito.


A calmaria do mar ou as tormentas?

Ainda não sei qual delas que faz nascer as belas poesias de outrora...
Falta rimas, liras, paixões...
Me fiz mar para minh'alma reencontrar.
Onde estão os poetas do mar?


Sejamos o maremoto a destruir a tristeza

Trazendo a imponência das palavras
Para acordar o Poseidon e inundar o universo com a loucura dos versos...


Sorriso que outrora esquecido...

Eu que jurei não mais sonhar, fui surpreendida por seu acalanto
Desfrutando da minha dor fazendo o girassol nascer em seu olhar
Sem medo de errar abri os olhos a espera do tempo que virá


O menestrel me levou por ondas imprevistas...

Em meu lenimento encontrei acalanto no coração do solitário velejador...

Quem sabe a próxima maré nos traga de volta a inspiração do primeiro amor...
Ah...
As margens da praia espero calmamente o dia em que Morpheus irá voltar...

Gheysa Moura

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Teu Beijo


TEU BEIJO

Meus lábios sedentos de tua essência
Esperam a contagem dos compassos
Dessa sinfonia de nossos corpos nus
Perdido na linha geoespacial que transforma
O silêncio em luz...
E de noite, no calor da madrugada fria
Entrego meu corpo ao êxtase da suavidade
De tuas mãos que preciso decifrar...
Embriagada pelo seu cheiro de homem
Parafraseando a poetisa...
Descubro que nada mais importa...


Gheysa Moura

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

APOSTA


Aposta

Sorte ou azar na pena do poeta
Que desafia a inspiração
A lançar-se no mar insano 
De rimas e melodia...
Pois bem, se desafias o mar
Tenha coragem de jogar
Aposto meus versos
Em resposta aos teus
Tens coragem de rimar?
Aposto meus desejos
Neste mar de palavras
E você... o que aposta?
Tens coragem de apostar 
Sua pena e seus desejos
Nesta imensidão?


Gheysa Moura

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

o que nos cabe

O que nos cabe


se a mim cabe entender 
o que teus olhos estão a ver
como posso saber
o que só cabe a ti descrever?

em meu relicário 
as rimas escondidas
nas caricias doces
das entrelinhas da poesia 

se sou quem sentes
então continue sendo
o que me faz sentir
a  poesia que ainda nos cabe viver...

Gheysa Moura 

MAIS UMA VEZ VOCÊ

MAIS UMA VEZ VOCÊ

No avesso das rimas noturnas o universo
Do seu olhar nasce e morre em mim
Talvez por ser o sol da esperança...
Entre as silenciosas notas do piano
A verdade de meias palavras não pronunciadas
Descreve a verdade da melodia inocente
Meus lábios sempre te beijaram sem saber
Que um dia seria possível....
Meus sentidos te seguia por desconhecer
Outro caminho que levasse ao firmamento...
Da lembrança louca de uma noite mágica
Em que mergulhei no mar sem medo
Inebriada por tuas cores e cheiros...
Na pena do poeta a espera da eternidade
Um momento irreal de quem sonha com o real
Entre fios e placas o fim dos limites...
Você poesia, melodia, rima da arte das tintas
Eu...

Gheysa Moura

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Farsante


 

Sereníssima noite de
Brilho incandescente
Revele ao mundo de
Homens surdos os
Segredos da mocidade...

Um estribilho cativo!
O brilho perdido neste
Cofre inexistente,
Por muitas vezes altivo
Outras...
Puro e nobre.

Elege sem permissão
Gentílicos senhores,
Ocupando o mesmo espaço
Sem importar-se com a razão.

Não sejas atroz sob o céu prateado,
Com quem está ao seu lado!

Buscando em suaves momentos
O lenimento fulgurante
No olhar do farsante.

Gheysa Moura

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Mar e Escuridão

Entre o sim e o não, dissolvo meu ser em fumaça
Buscando explicação para insensato...
Presa as correntes do medo que controlam
Meus passos neste labirinto de sensações
Mar e escuridão...
A brisa incerta do alvorecer
Indica por onde seguir, 
Mas não há luz no caminho
Ah!
Será que devo abrir os olhos?

Gheysa Moura

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

CAIXA DE FÓSFORO

Caixa de Fósforo

Não sei o que escrever...
Os dias parecem segundos
Terremotos contínuos...
Olho ao redor...
E tudo parece pó...
Estou só...
E sem esperar tudo muda
De uma única vez...
Vem o canto, a dança, a valsa
Mas a tempestade lava as lembranças
E novamente me vejo perdida...
Momentos que não são meus
Angústias que não são minhas
Meu universo se perde no tempo
Procuro abrigo, mas não existe abrigo 
Aos pés do vulcão em erupção...
Respiro fundo...
Sinto novamente a certeza segurar 
Minha mão...
Sem abrir os olhos...
Sigo sem saber exatamente
Por qual caminho prosseguir...
Ah! Nego...
Se soubesse que meu mundo 
Só existe com o seu mundo
Não me deixaria aqui
Presa nesta caixa de fósforo...

Gheysa Moura

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

SEU OLHAR

SEU OLHAR

O sol poente revela a beleza do
Olhar que um dia me cativou 
Foi no dia em que vi o luar amazônico
Um porto-seguro, embora incerto
Senti o mar desaguando em mim...
Tantas vezes próximo e distante
O encontro previsto no imprevisto
Ah!
Seu olhar me cativou...
Tão perto...
Tão distante...
Me decifras sem saber que o fazes
É um fenecer a cada anoitecer
É um renascer a cada amanhecer
A espera de um dia voltar a me ver
Refletida em seu olhar...

Gheysa Moura

Que te Diria?

Que te Diria?

Ao nobre poeta de noites insólitas
Diria pertencer meus sentidos 
Sendo assim, a métrica não é importante...
Suas rimas são as cores que necessito
Para pintar o mais belo quadro do dia
Tornando a melodia das horas 
O dueto poético do entardecer 
Me fazendo responder com versos
E músicas a sua poesia
Ainda que a canção exista apenas
Apenas em meu ser...

Gheysa Moura