BAILARINA
Ao abrir as cortinas do teatro
Do meio da plateia sorrateiramente
O Ébano roubou meu olhar
Seu perfume de madeira
Transpassou minh'alma
Transformando-me em vento
Cai sobre seu corpo com
A intimidade infantil do amor
O corpo de dança encantava a multidão
A magia das pétalas de rosas
Acariciavam os jovens enamorados
E no êxtase da valsa da primavera
A chuva molhou minhas sapatilhas
A orquestra entoou a marcha fúnebre
As luzes do palco apagou
Solitária entre as cores da sinfonia
A bailarina ficou...
Seu olhar procurou...
Mas a chuva... para sempre o levou.
(Gheysa Moura)