Bem Vindo!

Ler é mais que decifrar códigos linguísticos...
É ver o que mais ninguém vê...
Ler é viver, é sonhar, é renascer
A cada amanhecer...
Ler é um encontro com a realidade dos sonhos
Descobrindo a cada segundo
Um mundo novo, escondido ao nosso redor...

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

BAILARINA

BAILARINA






Ao abrir as cortinas do teatro
Do meio da plateia sorrateiramente
O Ébano roubou meu olhar
Seu perfume de madeira
Transpassou minh'alma
Transformando-me em vento
Cai sobre seu corpo com
A intimidade infantil do amor
O corpo de dança encantava a multidão
A magia das pétalas de rosas
Acariciavam os jovens enamorados
E no êxtase da valsa da primavera
A chuva molhou minhas sapatilhas
A orquestra entoou a marcha fúnebre
As luzes do palco apagou
Solitária entre as cores da sinfonia
A bailarina ficou...
Seu olhar procurou...
Mas a chuva... para sempre o levou.



(Gheysa Moura)

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

SILÊNCIO

SILÊNCIO

Quando seu olhar me disse adeus
Não acreditei, e me agarrei as lembranças
Desejei me prender aos teus cabelos
Para que minhas lágrimas molhassem
O teu corpo nú.

Mas fiquei em silêncio e você partiu.
Não viu as minhas lágrimas
Nem ouviu meu grito mudo
Dessa dor pungente que dilacerou
Meu coração sofriddo.

No tapete do quarto
Relembrei cada uma de suas palavras
Devia ter escutado minha razão
E nunca ter me dado uma chance
De experimentar tanta emoção.

Pra que eu fui me permitir sentir?

Agora o mar está sobre o sol
Vou guardar a minha dor...

A você digo: "Seja feliz!"

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

DANNA

DANNA

As palavras me consomem
Como o fogo consome a vela
No altar da catedral de cristais
Que avisto no horizonte.

O aroma do alvorecer me faz
Lembrar o cheiro que seu
Corpo deixava no meu
Quando me tomava em seus braços.

Nada podia ser mais mágico
Que o suave toque de suas mãos
Afagando meus cabelos
Sussurrando segredos em meus ouvidos.

No rádio a música de Caetano
A visão do mais belo quadro
De nossos corpos nus
Sentindo sua respiração em meu ouvido.

Sentindo o vento que oferta
As flores das cerejeiras
Nas tardes primaveril
Sentia a proteção de meu danna.

Todos os dias preciso de um
Segundo para descobrir
Que você não está ao meu lado
E me acostumar com a essa dor.

(Gheysa Daniele)







quinta-feira, 5 de novembro de 2009

A FADA E O ELFO


















A FADA E O ELFO


Terei que criar asas e voar ao teu encontro,
Para realizar os seus sonhos quando triste estiver olhando o céu.
De que adianta ser imortal se não posso ver os seus olhos?
Eu escolho ao som da valsa de Strauss,
Coberta pelo brilho das estrelas
Descobrir o doce sabor de seus lábios
Para me tornar então mortal.


Depois do amor consumado, pela luz do luar
Brilham gotas do nosso suor.
No teu ventre que faço meu abrigo,
E novamente ouço a linda canção.
Brilhará em mim sempre o esplendor de teu amor,
E a doçura da tua voz que nunca esquecerei.




Sonhos agora serão vividos no baile do imperador.
Exalando o perfume das flores testemunhas do prazer mortal.
Pela floresta ecoa o segredo revelado no murmurio do tempo.
Ao renunciar os poderes de fada, escolho a valsa.
Mas o amanhecer ainda demora, em teus braços quero ser luz.




Todas as noites voltarei aqui e
Sentirei o perfume da pele que ficou na grama
Que se fez nosso leito, e as vozes da primavera
Serão o tema a embalar nosso reencontro


(Gheysa Moura &  JSollo)

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

IMENSIDÃO

Imensidão



Onde estão as palavras do vento
Que embalavam os meus pensamentos?


Tenho um encontro marcado com as estrelas
Do inconsciente consciente do não saber
Que o saber não é a explicação
Da existência ilusória da origem do ser.


O mesmo ser que fez uma aliança
Eterna com a inexatidão lógica dos números
Inexistentes do descompassado tempo do
Passado e, o complicado tempo presente
Das horas errantes do futuro.
Algo que sufoca e que jamais poderei



Transcrever em palavras toda a imensidão
Do ser que asfixia a luz desalmada do prazer
Imutável da segurança do olhar do velejador.


Desconheço o que conheço, pois o que conheço
É desconhecido de meus olhos
Mas que nesses veraneios o reconheço
Ao jogar-me no mar.


Desesperadamente busco a pergunta
Da resposta que invade o infinito
Seguindo sem ser vista
Acompanhada da força utópica
De Apolo e Dionísio
Dentro deste trem sem destino...


...Leve-me deste lugar!

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

QUADRO

 








QUADRO


Entre o azul e o preto

Minhas lágrimas desenharam
O esquecimento de um tempo
Que outrora minha mente iluminava.


Um enigma desenhado de vermelho
Trouxe um novo prazer de escrever
Um amante perfeito entre os versos
Imperfeitos do poeta.


No olhar do colecionador
A beleza das formas dissonantes
Como a mais bela sinfonia
Que transmite o desejo latente.


O amor insano da distancia
Revelado no espírito da floresta
Que ao anoitecer meu corpo vem encontrar.


Na tela em branco o esboço
Do meu sentimento
Que um dia descobri ser real.


(Gheysa Moura)

SHIII!



Shiii!


Fale ao silencio os segredos do vazio que
Aflige a escuridão das cores sonolentas
Da entrega ao desejo...


A volúpia que consome serenamente o ser
Protegido pela casualidade do relógio anti-horário,
Agredindo as lagrimas do vento com a suavidade
Da duvida do real.


Feche os olhos... Apenas sinta o tempo passear
Sobre seu corpo inerte na alcova da sedução...
Respire fundo... É o êxtase do gozo incerto!


Escute o gemido das amarras do impedimento,
Trancafiando o prazer imaginário neste momento
De realidade insana com partida determinada.

Olhe a sua volta...


É apenas o brilho do segundo despido do
Absurdo deixando-se levar pelo possível,
Mergulhando no mar aberto sem saber nadar,
Há de encontrar o deserto em algum lugar.