Mechas da Ilusão
O vento leva meus ais
Para longe do cais
Onde outrora lágrimas
Acompanhavam meu penar
E no céu... Reluziam
Sem brilho e sem riso...
Agora não há pranto!
Voltou o encanto
Por este encontro das águas do rio
Seus suaves movimentos
São de quem se tornou alento
Por merecimento!
Aaah! Esse vento...
Brinca de leva e traz
Sabendo que a vida
É desconhecer
É morrer
A eterna filosofia do "ser ou não ser"
Entre a razão e a razão
Uma embriagante patuscada
De alegres cantigas enamoradas
Que trazem a luz da vida
Nessa morte desmedida
Agora esquecida
Sim, pois a brisa
Desse vento que desalinha
As mechas da ilusão
Com a suavidade de um beija-flor
Traz o perfume do rio
Que separa e aproxima
A luz e a escuridão
Por culpa dessa estrela
Que do céu está à espiar
Beija e acaricia
Com seu esplendor
A face de tão nobre sentimento
O lenimento de um verbo
Que diz muito mais...
Não é uma palavra
Assim recuso a classifica-la...
É um estado de espírito.
(Gheysa Moura)
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