OUTONO
Um, dois, três, quatro...
Segue contando cada passo
Que marca a distância entre
A razão e a razão.
Os instante de uma nova descoberta
Não importa a hora
Tudo direciona para um único ponto.
A chegada e a partida de quem jamais
Deixou seu lugar, indo e vindo
Sempre sozinho.
Como a folha que cai no outono
Inexistente da Amazônia
A nossa frente o triângulo
De mil lados impedindo a imaginação.
Não existe exatidão na divisão das
Lágrimas do tempo que,
Envolve o pobre poeta... De tanto sonhar
Esqueceu as palavras.
O ebano busca o tom correto
Para a canção que já nasceu desafinada
Sem nenhum destino, pelo mar
Veleja este nobre marujo.
Acompanhando as dores do amanhecer
Dos dias chuvosos, a luz do seu olhar
Distrai o apaixonado menestrel.
Envolto aos laços da vida que não é sua
Canta o jovem enamorado
Para o silêncio das horas.
Apenas o nada...
Talvez alguém, quem sabe ninguém
Ou mais além, basta querer seguir
Para onde não está.
Ouvindo as instruções do locutor
Que cartas vazias escreve
Para sua ingênua ouvinte.
Pobre menina, distraidamente
Permite-se contar os passos do destino.