Bem Vindo!

Ler é mais que decifrar códigos linguísticos...
É ver o que mais ninguém vê...
Ler é viver, é sonhar, é renascer
A cada amanhecer...
Ler é um encontro com a realidade dos sonhos
Descobrindo a cada segundo
Um mundo novo, escondido ao nosso redor...

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

MAIS UMA VEZ

MAIS UMA VEZ


Escondo meu olhar
Para que ele não fale por mim
Entre as nuvens estou
A observar-te...

E todos os dias tento me convenser
Que tudo isso é loucura
Chamo-te amigo para me enganar.


Mais uma vez neste espaço
Branco não consigo escrever
Para não repetir os
Meus versos outra vez.

A canção que nunca ouvimos juntos
Me acorda todas as manhãs
Faço planos que talvez se realizarão.

Sei onde estas, sei quando te encontrar
Mas temo o sentir...




quinta-feira, 29 de outubro de 2009

FUGA

FUGA



Como eu queria escrever...
Talvez a minha "obra-prima"
Infelizmente, as palavras
Me deixaram.


Somente eu e o papel
Olho para ele e somente
Minhas lagrimas
Maculam sua pureza.

Aos poucos meus
Pensamentos fenecem
Como a suavidade
Do abraço de uma criança.

Que contradição
Outrora cada frase
Representava um novo poema
Agora... somente o nada.

Nada como sou
Mas é pra lá que eu vou
Onde eu espero por mim.


--


Gheysa Moura


quarta-feira, 28 de outubro de 2009

SORRIR



SORRIR

Como podes sorrir?
Justo neste momento em que
Escutei de outra boca o que tinhas a me dizer...

Perdi meu chão...
E me perguntas se estou bem...
Minhas lágrimas falam por mim.

Conte os dias e multiplique pelos segundos
Saberá o quanto te esperei, o quanto...
Isso não importa, não olhou em meus olhos
Antes de partir...

Só não diga que iremos sorrir junto...
Não diga que iremos viver nosso sonho de amor
Isso pode nunca acontecer...

terça-feira, 27 de outubro de 2009

SINOS

SINOS



O amanhecer entoa a canção dos Anjos
Enquanto mergulhamos no profundo
Mistério do sentir o que não sentimos.


Leve como duas águias a voar
Sabendo que é chegada a hora de partir
Não adianta fugir...


Não prevemos os acontecimentos
Vivemos os segundos conforme
O tempo deseja.


Esperar por você é viver,
É morrer sonhando mesmo
Desconhecendo o caminho
Que nos levará para o cais.


Já tentei mas não sei nadar
O alvorecer já anuncia a mudança
Os velhos cabelos brancos
De diálogos infinitos
Onde o belo sempre estará em seu olhar.


E no alto da Igreja
Os sinos anunciam o encontro
Surreal no anoitecer
Anunciando o fim e o começo
De nossa vida.


(Gheysa Moura)

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

AMOR PROIBIDO

AMOR PROIBIDO

Mas eu tenho um amor proibido...

é segredo e ao mesmo tempo
não é segredo...

Ele vive em mim, assim como
eu vivo nele, embora distante...

Não devem imaginar, ou talvez tentar
ainda assim não saberão decifrar...

Mas o mar o tirou de mim...
agora ele só existe em minhas lembranças...

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

PRECISO





PRECISO


Preciso ouvir sua voz....
Preciso tocar você
Acordar em seus braços
Sem importar-me com o relógio
Mas... Isso é proibido!
Não podemos construir
O que já foi vivido
Não podemos sonhar
Os sonhos compartilhados
Só não sei explicar
A minha necessidade de você
Quero o real!
Não quero acordar
Sentindo amar você
Preciso do prazer
De estar com você
Preciso do calor
Dos seus lábios
Mas não apenas ilusório
Preciso de sua realidade.


Gheysa Moura

domingo, 18 de outubro de 2009

SEMPRE HOUVE TRADUÇÃO

SEMPRE HOUVE TRADUÇÃO



Ainda que eu tente, as notas nunca
Traduzirão o som das batidas do meu
Coração pulsando junto ao teu.

A pouco aprendi a ler o seu olhar
Minh'alma se disolve em sua alma
Surgindo a rima perfeita.

Não existe eu, não existe você
O canto dos pássaros anunciam
Que ao nosso redor tudo se faz lira.

Tudo cabe na canção do vento
Que nós leva sobre as cordilheiras
De braços abertos para a eternidade.

Se é devaneio, se é real...
Não importa...

Nosso olhar sempre haverá a tradução.

ÍNDIO

Índio




No chão de barro molhado
Segue o índio para seu calvário,
Compassados passos
Em caminhos que outrora
A vida representava.


A várzea agora ampara as lágrimas
Do poderoso Tupã.
As lutas foram enterradas por sob a terra,
Curumins e cunhantãs, agora,
Estão presos ao sonho da caixa-preta de
Brilho cintilante...


A chuva leva as marcas do rosto
De guerreiros sem luta,
As lembranças proclamadas para o vento
Perderam-se nas cordilheiras do tempo.


Seu maior tesouro descansa em paz
A sete palmos no fundo do rio.


E agora quem nós somos?

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

OLHAR SEM ADEUS

OLHAR SEM ADEUS



O que meus olhos revelam é simplesmente
Aquilo que meus lábios não conseguem dizer.
Se jamais foi um adeus, irei esperar
Para desfalecer em seus braços...

Ah! Se podes, traga de volta a luz para meu olhar!
Não sabes como suas palavras me fazem falta...
Em cada minuto que o relógio marcava
Eu sentia a solidão invadir meu coração
Destinando minh'alma ao vazio.

Se me diz que sempre viveremos nosso amor
Então, esperarei pelo segundo em que irei
Sentir novamente o calor dos seus lábios...

terça-feira, 13 de outubro de 2009

ADEUS

ADEUS


Se meus lábios pudessem falar
Os quatro cantos deste mundo
Conheceriam meu penar.

Não podes ver as lágrimas
Em meus olhos!
Não podes saber a dor que sinto!

Naquela manhã de domingo
A espada de suas palavras
Transpassou minh'alma.

O que me resta e dizerte: Adeus!

sábado, 10 de outubro de 2009

MECHAS DA ILUSÃO

Mechas da Ilusão




O vento leva meus ais
Para longe do cais
Onde outrora lágrimas
Acompanhavam meu penar
E no céu... Reluziam
Sem brilho e sem riso...


Agora não há pranto!
Voltou o encanto
Por este encontro das águas do rio
Seus suaves movimentos
São de quem se tornou alento
Por merecimento!



Aaah! Esse vento...


Brinca de leva e traz
Sabendo que a vida
É desconhecer
É morrer
A eterna filosofia do "ser ou não ser"


Entre a razão e a razão
Uma embriagante patuscada
De alegres cantigas enamoradas
Que trazem a luz da vida
Nessa morte desmedida
Agora esquecida


Sim, pois a brisa
Desse vento que desalinha
As mechas da ilusão
Com a suavidade de um beija-flor
Traz o perfume do rio
Que separa e aproxima
A luz e a escuridão


Por culpa dessa estrela
Que do céu está à espiar
Beija e acaricia
Com seu esplendor
A face de tão nobre sentimento


O lenimento de um verbo
Que diz muito mais...
Não é uma palavra
Assim recuso a classifica-la...
É um estado de espírito.

(Gheysa Moura)

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Entre Fitas de Cetim







ENTRE FITAS DE CETIM


Delicadamente o vento
Lembrou-me seus beijos
Acariciando minha nuca
Quando lentamente
Me deixas despida
Com o mesmo pudor
De uma noiva...
Entre as fitas de cetim
Entrego-me a você
Enquanto o silêncio
Desvenda meus desejos
Juntos encontramos
O mar do gozo
Tendo as estrelas como
Testemunhas do nirvana...
Me permito adormecer em
Teus braços, certa de que
Nada vai me acontecer...

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

OUTONO










OUTONO

Um, dois, três, quatro...
Segue contando cada passo
Que marca a distância entre
A razão e a razão.

Os instante de uma nova descoberta
Não importa a hora
Tudo direciona para um único ponto.

A chegada e a partida de quem jamais
Deixou seu lugar, indo e vindo
Sempre sozinho.

Como a folha que cai no outono
Inexistente da Amazônia
A nossa frente o triângulo
De mil lados impedindo a imaginação.

Não existe exatidão na divisão das
Lágrimas do tempo que,
Envolve o pobre poeta... De tanto sonhar
Esqueceu as palavras.

O ebano busca o tom correto
Para a canção que já nasceu desafinada
Sem nenhum destino, pelo mar
Veleja este nobre marujo.

Acompanhando as dores do amanhecer
Dos dias chuvosos, a luz do seu olhar
Distrai o apaixonado menestrel.

Envolto aos laços da vida que não é sua
Canta o jovem enamorado
Para o silêncio das horas.

Apenas o nada...

Talvez alguém, quem sabe ninguém
Ou mais além, basta querer seguir
Para onde não está.

Ouvindo as instruções do locutor
Que cartas vazias escreve
Para sua ingênua ouvinte.

Pobre menina, distraidamente
Permite-se contar os passos do destino.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

DEVANEIO

DEVANEIO


O devaneio de um encontro
Incontrolável do sussurrar
De palavras loucas em meu ouvido...
Esqueço o tempo quando
Estou ao seu lado.
Sinto o inegável arrepio do desejo
Não tenho como disfarçar
O que quero ao sentir
Seu cheiro de homem
Trazido pelo vento a cada amanhecer.
Fazendo-me estremecer com
Um simples olhar,
Que me deixa despida
Pronta para suncumbir
As tuas vontades...e...
Sentindo o gozo do suave
acariciar dos seus lábios
Em meus seios, permito
O passeio de suas mãos
Desvendando os mistérios
Refletidos no espelho de minh'alma
Um simples toque que
Mesmo sem ter havido
Revela todo os sabor de amar.

Gheysa Moura