Livre
Lentamente abri as portas de minh'alma
Deixei seu olhar descobrir meus segredos
Ciente das condições e desventuras que traria
Aceitei seguir o caminho sem estrada
Distâncias que nunca se findam
Mas nos mantém unidos através dos versos
As areias do tempo redesenharam a saída
Conhecemos o significado de cada pausa
Em nossas respirações em nosso leito
A incerteza de sonhos certos do qual não faço parte
Aprendi teus gestos, teus defeitos e teus problemas
Transformando as estações...
Aí então, percebo o louco desejo de manter-te preso
Para que nunca me deixes sozinha no mar
Tudo se torna confuso, um terremoto em mim...
Como posso querer prender alguém?
Não posso ser dona de seu olhar?
Tua alma a mim não pertence?
Quanto egoísmo de minh'alma...
Neste caos sentimental não há ninguém
Ninguém que possa me abraçar...
E antes que te mate em mim
Lhe deixo livre...
Que seus olhos possam voar pelo mundo
Livre para descobrir a imensidão
Livre...
Eu estarei esperando para ver o retrato de suas
Conquistas e descobertas registradas em seu olhar
Através das imagens refletidas serei livre...
Gheysa Moura
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