DELIRIO
Agora já sinto o frio da morte aproximar-se
Estou envenenada por teu cheiro que
Inebriou minh'alma nestas noites de tormenta.
Nem sei como aconteceu...
Derrepente me vi presa a tua sombra
Sufocante, rompendo a madruganda
Para me fazer sentir a pele arder
Em um completo desequilibrio.
Diante de minha janela observo ao
Fim da rua a carruagem do fim
Já ao longe ouço sua gargalhada
Desfazendo de minhas lágrimas.
Horas que não passam...
E eu chorando me entrego ao braços
Da loucura que me faz encontrar
Na menina, os desejos de mulher...
Sou amante do olhar que me aquece
Enquanto o veneno segue suavimente
Pelo meu sangue...
Já não dá mais para negar,
Feito alucinada quero o prazer
Das tuas mãos! Quero o prazer
De ver o amanhecer ao lado teu!
Mas isso não importa, não passa de
De um delírio e, a morte já me leva
Para sua morada.
(Gheysa Moura)
Em resposta ao poema SUAVE VENENO de JSollo.