Caixa de Fósforo
Não sei o que escrever...
Os dias parecem segundos
Terremotos contínuos...
Olho ao redor...
E tudo parece pó...
Estou só...
E sem esperar tudo muda
De uma única vez...
Vem o canto, a dança, a valsa
Mas a tempestade lava as lembranças
E novamente me vejo perdida...
Momentos que não são meus
Angústias que não são minhas
Meu universo se perde no tempo
Procuro abrigo, mas não existe abrigo
Aos pés do vulcão em erupção...
Respiro fundo...
Sinto novamente a certeza segurar
Minha mão...
Sem abrir os olhos...
Sigo sem saber exatamente
Por qual caminho prosseguir...
Ah! Nego...
Se soubesse que meu mundo
Só existe com o seu mundo
Não me deixaria aqui
Presa nesta caixa de fósforo...
Gheysa Moura