Poesia da Amazônia
A chuva sempre traz algo encantadoramente melancólico
Talvez por ser o começo e o fim de um ciclo eterno
Sempre leva e traz os meus ais, minhas rimas outrora perdidas
Anunciando as almas livres a hora de recomeçar.
A chuva lembra as tardes traquinas das crianças
Onde suas gargalhadas compõem o arranjo melódico
Da mais sublime sinfonia da natureza
Ah! O aroma do bolo de laranja da vovó
Misturado ao cheiro de terra molhada!
Da janela lateral observo o vento levar
Os cristais dessa morada ao encontro do rio...
Ah! Se pudesses ouvir a poesia das tardes langorosos da Amazônia...
Se pudesses resgatá-las da correnteza do tempo...
Ah! Essa poesia eternizada na pintura divina que se renova a cada entardecer...
É o alimento de minh'alma... É meu começo e meu fim.
(Gheysa Moura)
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