SOL DO MEIO-DIA
Que recai sobre o tapete verde
Sinto o cheiro da terra e do sangue
Tribal que corre em nossas veias.
Uma corrente tecida pela aranha
Poderosa e capitalista que
Instaura o medo do coletivo.
Quem importa sou eu!
Não interessa a sua dor.
Pobre coitado, padece
Sob o mesmo sol do meio-dia
Que consome as flores
Do jardim enquanto esperam
Que a ilusão sacie sua fome.
Cante comigo na Praça
Embalada pela Saudade
Do luar quando descemos
O Andirá!
Pode ser verdade, ainda que
Tardiamente, sinta o gosto
Da terra que acolhe o mundo
Que a exclui e norteia
Em meio ao ser e o não ser
Da patusca do malandro
Que finge ser o rei do capital.
Mas faz tanto tempo que meu
Povo esqueceu a cor do
Pendão da esperança...
(Gheysa Moura)
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