Bem Vindo!

Ler é mais que decifrar códigos linguísticos...
É ver o que mais ninguém vê...
Ler é viver, é sonhar, é renascer
A cada amanhecer...
Ler é um encontro com a realidade dos sonhos
Descobrindo a cada segundo
Um mundo novo, escondido ao nosso redor...

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

TELEFONE


TELEFONE

Muitas coisas desejamos falar, mas o tempo
É inimigo do olhar multicolorido do dia...
Resta os gritos do silêncio invadindo o espaço...
Um bilhão de pensamentos distorcidos...
Mas vim aqui pra ver seu beijo
Sentir o calor do teu corpo dissipando o vazio
Ouvindo a música das horas contrariar o tempo 
Neste segundo de eternidade
Em que me diz coisas loucas pelo telefone
Sem pressa nenhuma de chegar


Gheysa Moura

sábado, 7 de dezembro de 2013

O DIA EM QUE VOCÊ FOI EMBORA


O DIA EM QUE VOCÊ FOI EMBORA

Não sei exatamente como as espumas do mar
Se desfizeram em meu peito
No dia em que vi o último pôr do sol
Por entre as brumas de um dia quente
Lembrando de um tempo que parece não existir...
Ao longe observei em silêncio você ir embora
Enquanto sentia a solidão atravessar minh'alma
Refiz nossos passos...
Respirei fundo ouvindo a canção...
Sorri e chorei...
Lembrei os atos dessa ópera insólita
Sentindo seu corpo no meu corpo
Certa de que não voltará...


Gheysa Moura

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

AONDE VOCÊ ESTÁ?

AONDE VOCÊ ESTÁ?

Sem esperar ou premeditar encontrei você
Tudo saiu do controle e ficou fora do eixo
As estações se transformaram no que desconheço
Em minha mente o cheiro bom do seu corpo
Misturado a sensação presente do beijo
Que entorpeceu meus sentidos...
E mesmo com tantos motivos para esquecer
Meu corpo rejeita tal ideia
Quando observa as distantes estrelas 
Estou em uma ilha que não pode existir
Mas não sei o que acontece...
Tudo está ao contrário...
Minha paz se perdeu no ar de outro lugar
Aonde você está agora?
Não importa...
Ainda sinto você em mim... 
E antes do sol se pôr
Troco a eternidade por aquela hora novamente.

Gheysa Moura

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

SINFONIA DAS HORAS

SINFONIA DAS HORAS

Um compasso descompassado que marca
As horas perdidas entre o espaço e a rima
Ao som de harpas e violinos que entoam
A música da alma que vai e volta sem sair
Melodias ternarias que eleva meu pensamento
Transpassando os limites físicos que separa
Meu corpo do seu...
Valsando como uma criança encantada
Pelo flautista que tenta reproduzir a harmônia
Da flutuante borboleta no jardim dos ventos...
Mergulho fundo sem saber aonde ir
Apenas seguindo o ritmo
Dos tímpanos e trompetes
Na alucinação da sinfonia das horas...
Eu, você, meus lábios na tua calma
Poesia dramatúrgica
Tatuada na retina do sol poente...


Gheysa Moura

HIMALAIA

HIMALAIA

Nos braços do tempo entrego meus sentidos
Enquanto sigo em direção ao Himalaia
Sinto a brisa celestial do alvorecer
Protegida pelo abraço do mar
Meu pensamento se mistura
Ao clarão do luar...
Sinto a suavidade da rosa 
Em meio a multidão a descobrir
O que há de melhor em meu ser
Se devo esperar chegar ao horizonte
Ou se é preferível me perder nos
Lábios do anoitecer eu ainda vou
Descobrir...


Gheysa Moura

O BEIJO

O BEIJO 

As margens do rio das horas 
Sinto a suavidade do vento
Que beija minha face
Fecho os olhos e sinto 
O toque de suas mãos 
Acariciando minha pele
Em tardes chuvosas da Amazônia...
Refletido nas águas do Negro rio
Vejo a luz deste sentimento
Que mesmo conhecendo
Os limites de sua existência
Teima em querer ser
Bem mais que o universo
Que há em mim...
Entrego ao murmurio do anoitecer
Os desejos de minha alma
Para que encontre os teus
Mesmo contra o tempo
Que nos mantêm próximos
Na distância...


Gheysa Moura

AMANHECER

AMANHECER

Se eu pudesse escolher novamente entre o sim e o não 
Mais uma vez diria sim ao
Intrigante olhar do amanhecer da Amazônia 
De mãos dadas com o infinito
Me lançaria mais uma vez
No voo cego na cordilheira da emoção
Amanheceu na Amazônia 
E minhas mãos ainda 
Pode ver a suavidade
De seus traços misturado aos meus
A melodia do sol nascente
Descreve os segundos de eternidade do seu abraço
Enquanto espero o luar
Trazer seus passos na imensidão...


Gheysa Moura

AMAZONAS

AMAZONAS

O céu da Amazônia revela 
Os mistérios escondidos
Na imensidão verdejante
Misturado a cor dos rios
Negro, Amazonas, Andirá
Solimões, Tapajós, Juruá e Madeira...
Perdida nessas águas está 
O segredo da beleza do seu povo encantador
Lendas e mitos que transitam
Entre a verdade e a ilusão
Amazonas do diverso na pluralidade
Que tenta ser Liverpool...
Uma modernidade que
Não supera os abismos
Construídos em seu passado
Ah! Essa terra de gente acolhedora
Como posso deixar de
Encantar-me com o sorriso
Das crianças que brincam
Descalças na rua
Sob o seu céu multicolorido?
Como posso não querer
Fazer um novo amanhã
Para essa curuminzada?
Não sei se consigo me separar de ti...


Gheysa Moura

EXTASE

EXTASE

Nem todos os verbos existentes
Seria suficiente para descrever
A descoberta dos seus lábios
A magia do seu toque
Que emociona minha alma
E eu me domina com o olhar ...
Um momento de extase
Banhada em teu suor
Entre suspiros e murmúrios
Pleno gozo de um sentimento
Revolucionária na vastidão
Ah!
Meu reino por um minuto a mais
Morrer e renascer em seu abraço
Fechar os olhos e sentir
Sua respiração misturada minha
Transformando em música
O momento da entrega da nossa alma ...

Gheysa Moura

DETALHES DA VIDA

DETALHES DA VIDA 

A brisa matutina acompanha meu pensar 
Contemplo a vida da cidade silenciosamente
Carros apressados e passos despreocupados
Dentro do ônibus escuto a composição rítmica 
Do discurso da jovem mulher vendedora de doces 
Um ir e vir que manda lembranças a quem fica
Meu olhar se perde na paisagem cinza
Recordo momentos felizes e tristes
Marcas da imensidão que arrebenta em mim
A brisa matutina traz o aroma que um dia conheci
Sem premeditação
O sabor de uma vida que parece distante
Mas contraditoriamente sempre esteve ao meu lado
Algo que nem Freud pode explicar
Como o mar pode caber em mim?
Um tempo no espaço insano do veraneio das horas
Embarcando naquele avião...
Eu, você e o anseio por conhecimento
Quem iria supor que em meio a multidão
Meu olhar encontraria a janela de sua alma...
Mas isso tudo são detalhes perdidos nessa cidade
Que nos uni e nos separa por um tempo indeterminado.

Gheysa Moura

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Sinfônia das Horas

SINFÔNIA DAS HORAS

Um compasso descompassado que marca
As horas perdidas entre o espaço e a rima
Ao som de harpas e violinos que entoam
A música da alma que vai e volta sem sair...

Melodias ternarias que eleva meu pensamento
Transpassando os limites físicos que separa
Meu corpo do seu...
Valsando como uma criança encantada
Pelo flautista que tenta reproduzir a harmônia
Da flutante borboleta no jardim dos ventos...
Megulho fundo sem saber aonde ir
Apenas seguindo o ritmo
Dos timpanos e trompetes
Na alucinação da sinfônia das horas...
Eu, você, meus lábios na tua calma
Poesia dramatúrgica
Tatuada na retina do sol poente...

Gheysa Moura

terça-feira, 19 de novembro de 2013

FORA DO EIXO

Fora do Eixo

Há um tempo atrás as palavras fugiram do meu alcance
Ficaram perdidas nos labirintos da solidão...
Mas apareceu você...
Sem nenhuma explicação decidi segurar sua mão
De olhos fechados sobrevoar as Cordilheiras dos Andes
Sem sair do chão...
Se vai chover ou fazer primavera na Amazônia 
Eu não quero nem saber, 
Desde que seu olhar esteja guiando os meus...
Esquecer o tempo contemplando o sol poente do sertão
Aquecendo o inverno insano do verão...
Proteger você é um vício,
Mesmo sabendo que o amanhã pode não acontecer...
Só importa sentir você decifrando meu corpo
E minh'alma de menina-mulher que sabe o quer...
Se é certo ou errado eu não sei...
Eu só sei que estou feliz por está tudo fora do eixo...

Gheysa Moura
 

domingo, 20 de outubro de 2013

DEVANEIOS

Devaneios

Em algum lugar no tempo eu perdi os poemas do teu olhar
Um momento que eu jamais vou saber explicar
Meus versos tornaram-se solitários sem suas rimas...
Tentei voltar e ver aonde errei, mas não pude entender
Em minha pele está tatuada suas digitais
Aprisionando-me em lembranças insólitas
Que dilacera minh'alma a cada amanhecer
Recolho-me a solidão do entardecer
E encontro seu perfume no algodão
Será que ainda lembras daquele dia?
Quando o desejo tornou-se verdade...
Possivelmente não...
São apenas devaneios...

Gheysa Moura
 

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

BRISA SUAVE

Brisa Suave

Fecho os olhos para sentir a brisa suave que beija minha face
Recordo a delicadeza dos seus lábios e o toque de suas mãos
Descobrindo as curvas do meu corpo...

Esqueço completamente os sons trágicos que envolve meu ser
Mergulho em ideias de quase morte no segundo eterno de solidão
Horas, dias, meses e a canção permanece como interrogação...

Um silêncio perturbador...

O tempo traz o perfume dos fios de algodão que um dia
Cobriram teu corpo e agora esconde minhas lágrimas
Em noites intermináveis de pensamentos perdidos...

Abro os olhos e percebo que o caminho se refaz...

Gheysa Moura




sexta-feira, 5 de abril de 2013

ABISMO

Abismo

O tempo as vezes é o algoz de nossa mente
Mergulhamos no escuro respirando o utópico
Sem saber a melodia anacrônica das horas
Diante de um abismo construído a esmo por nossas escolhas
Nos afogamos no que existe apenas em nosso ser
São analises que não dizem nada de nós mesmos
Ainda que nos ensinem a lidar com o meio
Entre inocentes e culpados esperamos a redenção do silêncio...

(Gheysa Moura)


sexta-feira, 29 de março de 2013

O BRILHO DO SILÊNCIO

O Brilho do Silêncio

Nada cega mais que o brilho do silêncio
Nada desnorteia mais que a música do entardecer
Laços da brisa langorosa que fala alto ao coração
Percorrendo espaços vazios em noites quentes
Sem saber aonde irá chegar no calor insano do frio matutino
Apenas a vontade de ser o que não se pode ser
Uma fuga descontrolada de um controle estático
Que acorrenta o corpo no presente-passado de lágrimas ocultas
Desejos oprimidos no desejo de felicidade
Ilusões juvenis...
Exalando o aroma de pausas infinitas
Do mar verde que nos une e nos separa
Estou a beira do abismo espera o encontro
do Amazonas com o Guamá...

Gheysa Moura

quinta-feira, 28 de março de 2013

APENAS VOCÊ

Apenas Você

Lagrimas noturnas revelam a madrugada o 
Quanto aprendi com a solidão da hora morta
No sufocante ar do vazio procuro razões 
Para caminhar entre o  real e o ilusório
Rompendo o mar do pensamento do amanhã
Entre nós o universo material do abstrato
Enquanto espero as lagrimas silenciar a dor em meu peito...

Gheysa Moura

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

A RUA

A Rua

O amanhecer após um dia langoroso é preguiçoso
O sol nasce tímido, os passarinhos não querem cantar
Apenas os filhotinhos chamando a mãe...
Os cachorros na rua apenas observam 
Os passos dos vizinhos que seguem para labuta.
Noto o olhar de uma jovem que segue apressada
E seus passos rompem o silêncio da manhã
Um olhar que parece ter traçado todas as desventuras do dia
Logo atrás, um senhor já de certa idade
Um olhar, que apesar de cansado, ainda espera um grande amor.
Vem a lembrança das brincadeiras de roda da infância
Dos sonhos juvenis de transformar o mundo com os amigos
Em meus pensamentos a rua se mantêm viva
Enfeitada com o sorriso das crianças e dos enamorados
Onde todos são amigos e ao se encontrarem
No caminho para taberna, com alegria no olhar,
Exclamam: Bom dia vizinho!
Sigo meu trajeto matinal contemplativo
Sentindo o orvalho cristalino beijar minh'alma...

(Gheysa Moura)

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

POESIA DA AMAZÔNIA

Poesia da Amazônia

A chuva sempre traz algo encantadoramente melancólico
Talvez por ser o começo e o fim de um ciclo eterno
Sempre leva e traz os meus ais, minhas rimas outrora perdidas
Anunciando as almas livres a hora de recomeçar.
A chuva lembra as tardes traquinas das crianças
Onde suas gargalhadas compõem o arranjo melódico
Da mais sublime sinfonia da natureza
Ah! O aroma do bolo de laranja da vovó
Misturado ao cheiro de terra molhada!
Da janela lateral observo o vento levar
Os cristais dessa morada ao encontro do rio...
Ah! Se pudesses ouvir a poesia das tardes langorosos da Amazônia...
Se pudesses resgatá-las da correnteza do tempo...
Ah! Essa poesia eternizada na pintura divina que se renova a cada entardecer...
É o alimento de minh'alma... É meu começo e meu fim.
(Gheysa Moura)


sábado, 5 de janeiro de 2013

Tão Eu

Sou uma contradição, 
Um ponto de interrogação, 
Algo sem explicação!
Uma descordenância ordenada 
De uma auto-avaliação desalienada, 
Tentando descobrir se existo por pensar ou...
Se penso por existir... 
Assim sou eu, 
Ou talvez não seja eu... 
Um mistério a ser descoberto.

(Gheysa Moura)