Bem Vindo!

Ler é mais que decifrar códigos linguísticos...
É ver o que mais ninguém vê...
Ler é viver, é sonhar, é renascer
A cada amanhecer...
Ler é um encontro com a realidade dos sonhos
Descobrindo a cada segundo
Um mundo novo, escondido ao nosso redor...

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

ALMA

Alma

Ao amanhecer senti a chuva afagar minha face
Apagando as lágrimas do adeus
Lembrei-me de momentos jamais vividos,
Enquanto a lâmina do vazio transpassava meu peito
Procurei a proteção de seu olhar entre os transentes da rua,
Ainda que a proteção do seu leito nunca tenha existido...
Das casas ecoava a canção de um tempo
perdido entre as madrugadas,
E na brisa do amanhecer transcrita para eternidade.

Gheysa Moura

sábado, 15 de outubro de 2011

RETRATO DO MAR

Retrato do Mar

Revendo as lembranças de outrora
Encontrei o retrato do horizonte
Espelhado em seu olhar
Pouco antes de você jogar-se ao mar...
Me disse amar, mas não sei se a mim ou ao mar...
No retrato do seu sorriso
A eternidade sereníssima de um dia comum
Que me trouxe alegria de horas perdidas
Entre os ponteiros do relógio inexistente
E tudo que lembro daquele dia
É do som das ondas do mar quebrando em mim
Mas que neste retrato do mar você não pode ouvir.

Gheysa Moura

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

CARO AMIGO

Caro Amigo

Neste outono verde do Rio Negro
Esqueço o tempo no tempo
Sinta a melodia da brisa noturna
E deixe seu corpo uni-se ao meu
Na suavidade da dança
De caros amigos distantes
Que se tocam sob o luar...
Nenhuma palavra, apenas
O olhar revelador da verdade
Perdido no contra-tempo
Onde tudo se torna nada
E o dia é apenas um motivo
Para o violino derramar suas lágrimas...
A mágia de décadas enamoradas
Que pode ser apenas essa noite
Ou a vida inteira...
Na suavidade do diálogo entre o
Violoncelo e o contra-baixo
As notas agudas do piano
Leva e me faz voar com os pés no chão
E encontro o acalanto de minh'alma
Em seus braços nada parece ter fim
Pois a melodia de tua alma
Transpassar meu corpo
Inebriando minha razão
Sinto a suavidade de seus lábios
Já não existe o mundo
A música continua conspirando
Para vivermos eternamente
Ainda que o próximo compasso
Seja de pausas infinitas...

Gheysa Moura

domingo, 18 de setembro de 2011

VOCÊ

Você


Não sei exatamente quando começou...
Talvez uma brincadeira que virou verdade
Sem saber o que é verdade...
A única coisa que tenho certeza
É que respeito, embora deseje seu calor
Tenho vontade de invadir sua vida
Tenho vontade de morrer de prazer em seus braços
Quero saber qual o sabor do seu beijo
Quero acordar ao seu lado a cada amanhecer...
Mas não posso!
...
Não posso mais ser protagonista da sua história...



Gheysa Moura

terça-feira, 6 de setembro de 2011

CAMINHO

Caminho

Talvez não consiga caminhar
Ou quem sabe, para sempre
Ei de caminhar no vazio...

Embora tudo esteja escuro
Estou bem, pois é isso que
Desejas ouvir de minha
Boca amargurada....

Sim, estou bem apesar
Do nada... apesar de tudo....

Ao meu lado apenas o
tenebroso sopro do vazio
Onde minhas lágrimas
Irão misturar-se as lágrimas
Do céu, que lhe viu partir....

Consigo levou sonhos e risos.

Gheysa Moura

domingo, 21 de agosto de 2011

INSTINTO

Instinto

No horizonte, apenas a representação
Sufocante de sentimentos enlouquecedores
Que transpassam minh'alma...

Nas Cordilheiras Andinas resta apenas
O vento que traz o aroma do desejo
Que exala do seu corpo inebriando o ar...

Nas canções do tempo contemplo
As horas infinitas em que sinto
Sem sentir a suavidade de suas mãos...

Segredos guardados
A razão detêm meus lábios 
Para não cometer o crime...

Já não sei respirar, 
Já não posso caminhar!

Minha pele é consumida pouco a pouco
Sempre que o encontro
No movimento do corredor noturno
Resistindo aos meus instintos...


Gheysa Moura

sábado, 20 de agosto de 2011

Palavras Perdidas

Palavras Perdidas


Quero escrever mas me faltam palavras...

Não sei o que aconteceu
Derrepente deixei de respirar
O clima seco desse verde
Anuncia o fim...

Penso em mim,
Pensando em você...

De nada adianta,  não sei dizer
O que guardo em meu peito
Meu olhar ficou mudo diante
Do abandono...
Apenas palavras perdidas...

Agora... não sei o que escrever...

Gheysa Moura

domingo, 7 de agosto de 2011

***

Não posso dizer que é eterno...
O tempo passa por mim
Em meus olhos somente o nada
Uma barca de medo marcando de dor
O músculo involuntário anestesiado
Pela tristeza das horas...
Agora não quero mais o sol
Silenciosamente espero o fim
A morte esqueceu de mim..

Gheysa Moura

sábado, 6 de agosto de 2011

ONDE ESTOU?


Onde Estou?
 
Nessa manhã eu procurei por mim...
Não sei, devo ter ido ao outro lado do rio
Ver o que meus olhos não podem ver
 
Também posso estar perdida
Na floresta de ilusões que renasce
A cada amanhecer...
 
Ou não...
 
Posso apenas ter ocultado
Meu olhar em mim...
 
 
Gheysa Moura

sábado, 23 de julho de 2011

Alucinação

ALUCINAÇÃO


Não importa o que irão falar sobre mim
Sou livre para sentir
E você também deve ser...

Esqueça o amanhã antes que a
Hora morta chegue ao fim
Sinta o toque das minhas mãos
E voe sobre as cordilheiras do desejo...

Não tente controlar o incontrolavel
Deixe que seu corpo responda
A pergunta da razão...

Amanhã quero acordar nos
Braços da loucura
Para ser feliz desde sempre...

Olhe no espelho...

Estou em seu olhar
E você está na lagrima que
Responde a minha razão...

E o que importa...
Eu quero sentir teu sabor
Ao ritmo da bateria do Metálica...

Hoje, amanhã... apenas lágrimas

Morra então, porque não tenho medo
Do amanhã!

Vivo hoje!

O que importa é o agora
Se estará comigo ou não
A decisão é sua

Apenas abrirei os braços
E do alto do penhasco
Viverei a alegria do seu abraço

E não importa a lágrima
O seu beijo me levará
Ao sono da eternidade.


--
Gheysa Daniele

sábado, 16 de julho de 2011

MAR DO JAPÃO

Mar do Japão

Vejo o sol-poente do alto
E sinto minh'alma ser levada 
Para junto do firmamento
Dentro de mim a certeza do nada...

O vento desalinha meus cabelos
Minha lágrima se mistura ao sal do mar
Em meu olhar o seu olhar perdido

Já não sei o que é certo ou se haverá amanhã
Tenho vontade de ficar e partir
Desejo o acalanto do saber
Mas a certeza do incerto vem me tirar a razão

Como o mar descobriu que agora
O saber faz morada em meu coração?

Quero o soneto da hora morta
Mas se não deixares...
Vá até o penhasco lá encontrará
O mar do Japão dentro de mim.


Gheysa Moura

quinta-feira, 7 de julho de 2011

OLHE O INEXISTENTE

Olhe o Inexistente

Não me ensine a ler porque não quero!
Prefiro ignorar a realidade
É melhor viver semi-analfabeta
Que sofrer com a falta de fé.

Esqueça que um dia me viu atravessando o mar!

Olhe as cores do jardim
Sinta o sol beijar-lhe a face
Minh'alma não está no momento
Ela partiu de olhos fechado 
Agora, olhe o inexistente
É onde estou.

Gheysa Moura

terça-feira, 5 de julho de 2011

SUICÍDIO

SUICÍDIO

A tarde langorosa recorda os ais de outrora
Esquecido no alpendre o olhar da ilusão
Dias perdidos no relógio inerte da dor
Entre brumas o brilho da lâmina
Fascina o destraido palhaço.

Dúvida...

Nada compara o prazer da pobre
Alma suicida apaixonada pela vida ao
Encontrar o silêncio as margens da razão
Inóspita que brinca de ser razão
Consciente de que não existe razão.

Segue o vento...

Descobri-se a existência do nada.


--
Gheysa Daniele

terça-feira, 10 de maio de 2011

MENESTREL

Menestrel

Olha...

Talvez seja apenas o éter utilizado
Para embalsamar o sorriso de uma
Pobre atriz que não sabe mais
Distinguir entre a verdade e a ilusão
Fazendo a simples felicidade de ser mestre
Algo perigoso que pode levar a um triste final...
Não passa da trágica comedia do menestrel...
Vê as cores da destruição inverídica?
Não podes ver, não sabes quem é o pintor...

--

Gheysa Daniele

sexta-feira, 11 de março de 2011

Quase Morte

Agora sinto o que não sei explicar
Olho por entre os destroços do nada
Encontro o que um dia foram lagrimas
Espero...
Um dia havia riso, um dia foi tristeza
São tantas inas que nem sei mais
O que significa...
Preciso abortar isso de mim!
Senhor perdoe-me mas prefiro não sentir
Um dia quem sabe, a carruagem fúnebre
Tenha misericordia desta pobre alma...

Gheysa Moura