Bem Vindo!

Ler é mais que decifrar códigos linguísticos...
É ver o que mais ninguém vê...
Ler é viver, é sonhar, é renascer
A cada amanhecer...
Ler é um encontro com a realidade dos sonhos
Descobrindo a cada segundo
Um mundo novo, escondido ao nosso redor...

terça-feira, 25 de maio de 2010

DESEJO


DESEJO

Ah!

Como eu queria que esta noite

Minha amada deleita-se em meu colo

E desfrutássemos do calor mutuo de nossos corpos

Seria como ir ao céu em milésimos de segundo

E contemplar mais de perto a beleza do firmamento

E assim poder ser uma gota do Amor verdadeiro


Como o orvalho da madrugada que faz

O girassol germinar ao amanhecer

Ah! Leve-me para junto de ti!



Mas como ficar longe de você?

Como não mergulhar profundamente no teu seio?

Como não deliciar-me em teus lábios?

Seria eu louco se me abstivesse disso!



No espelho de sua alma vejo o lampejo

Do gozo que me seduz e não posso resistir

Todos os caminhos apontam para o horizonte

Onde posso sentir a suavidade dos teus lábios

Descobrindo os mistérios do meu corpo

Um suave veneno correndo em minhas veias

Fazendo-me mulher...



 Gheysa Moura & Edney Santos

sábado, 22 de maio de 2010

O SOL DO MEIO-DIA

SOL DO MEIO-DIA

No silêncio inerte da chuva fina
Que recai sobre o tapete verde
Sinto o cheiro da terra e do sangue
Tribal que corre em nossas veias.
Uma corrente tecida pela aranha
Poderosa e capitalista que
Instaura o medo do coletivo.
Quem importa sou eu!
Não  interessa a sua dor.
Pobre coitado, padece
Sob o mesmo sol do meio-dia
Que consome as flores
Do jardim enquanto esperam
Que a ilusão sacie sua fome.
Cante comigo na Praça 
Embalada pela Saudade
Do luar quando descemos
O Andirá!
Pode ser verdade, ainda que
Tardiamente, sinta o gosto
Da terra que acolhe o mundo
Que a exclui e norteia
Em meio ao ser e o não ser
Da patusca do malandro
Que finge ser o rei do capital.
Mas faz tanto tempo que meu
Povo esqueceu a cor do
Pendão da esperança...
(Gheysa Moura)